quinta-feira, 17 de junho de 2010

Núcleo do Formosura:



DIREÇÃO GERAL: Graça Freitas.

DRAMATURGA: Ângela Linhares.

ELABORAÇÃO DE PROJETOS: Graça Freitas, Ângela Linhares e Antonio Rodriges.

ATORES: Maria Vitória, Maria Marina e Leonardo Costa. CONCEPÇÃO E EXECUÇÃO MUSICAL: Caio Dias e Rami Freitas. CRIAÇÃO E CONFECÇÃO DOS BONECOS: Maria Vitória e Graça Freitas.

TÉCNICO SOM E LUZ: Eliardo Costa.

PARCEIROS DO CAMINHO

Cia Vidança, Um Canto em Cada Canto, Cavaleiros da Dama Pobreza, Theatro José de Alencar, Erotilde Honório, Stênio Freitas, Carlos César, Alysson Araújo, Klévisson Viana, Cleydson Catarina, Jorge Luís Vianna, José Alves Neto

Repertório atual

Fiapo


Numa parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará, o Formosura montou o espetáculo teatral “Fiapo”. Desde sua estréia o espetáculo tem percorrido (até os dias de hoje) diversos espaços indo desde apresentações em escolas até a participação em seminários e encontros de educação e cultura. A estória da Fiapo é um grito que é o de milhões de infâncias que necessitam que, também através da Escola, se-lhes possibilite uma vida diferente da que conhecem hoje. Seria também a estória dos sonhos e limites em que se debatem os educadores que lidam no cotidiano de sala de aula com os possíveis da educação. Através desta fresta, que é o cotidiano de uma Escola Pública, se vê como se explicita no dia-a-dia escolar a correlação de forças que mostram a luta pelo acesso à educação.

Boi Estrela


Baseado numa pesquisa realizada pelo grupo, sobre o boi no Ceará. Mateus, capataz de confiança do poderoso Capitão Melancia, recebe a ordem de tomar conta do Boi Estrela na ausência do patrão. Quitéria, mulher do Capitão, faz uma aposta com o marido tentando convence –lo que Mateus é mentiroso : Quem ganhar a aposta será o único proprietário das terras!Aproveitando-se da ingenuidade de Catirina, mulher de Mateus, Quitéria a induz a comer a língua do pobre boizinho Mateus sacia o desejo da esposa, grávida do décimo terceiro filho, e assina o seu decreto de morte pois quando o Capitão Melancia souber o que aconteceu só Deus poderá aplacar sua fúria.E agora? Mateus diz a verdade ou conta uma mentirinha pra se livrar dessa enrascada?






Cenas de Rua



Cenas de Rua é uma montagem com atores e bonecos. A peça não conta uma história, é sim um show de variedades onde o narrador inspirado nos antigos andarilhos e na Comédia dell’ Arte assegura a unidade estética do espetáculo e empresta à montagem uma dinâmica própria. Espetáculo para adultos e crianças.


Pavão Mysteriozo

O pavão misterioso

Obra feita por artista

Mostra que a arte tem parte

Com os sonhos da alegria

E ainda é o pão com farinha

Que se faz carne dos dias”.

Pavão Misterioso” é a um só tempo projeto de montagem e oficina de aprendizagem de 20 jovens filhos das classes populares, prioritariamente filhos e filhas de presidiários.Uma montagem teatral inspirada nas fontes primordiais da cultura tradicional popular espetáculo que diverte adultos e crianças. Rico em imagens, canções, danças e repleto da alegria que estimula o gosto pela vida e prazer de buscar o sonho e fazê-lo concreto. Uma estória de amor, desejo que supera obstáculos e se impõem de forma lírica desafiando a força ultrapassada do autoritarismo. Uma peça que valoriza o poder da imaginação e da arte como elementos essenciais à existência e felicidade humana.





Solo de Clarice



A peça “Solo de Clarice” é um monólogo criado a partir da compilação de trechos da obra de Clarice Lispector. Não temos a pretensão de contar uma história, estabelecer uma cronologia, ou mesmo explicar cenicamente a imensa riqueza do universo de Clarice. O que está em cena não é a representação da personagem Clarice Lispector, é a interpretação da forma como esta mulher se utilizando da palavra consegue fazer falar vozes que parecem amordaçadas em cada um de nós. Como diz Clarice: “é a palavra pescando o que não é palavra”.



As aventuras de Dom Quixote”


O cavaleiro da triste figura, que se nomeou Dom Quixote, tomou dos contos de cavalaria o alento para sua alma dar um sentido heróico à vida. Os romances medievais povoaram-lhe a fantasia: batalhas, tormentas, pelejas e, também, feridas, requebros, amores alçavam sua imaginação ao divino, a quem rendia graças, inebriado. As exterioridades dos fatos da cavalaria nada mais fazem que afugentar a armadura dos símbolos, desvelando de episódio em episódio o sentido da metáfora de Quixote: a intrepidez do heroísmo despido de qualquer êxito. Poderíamos avaliar a trajetória de um herói que renuncia a todo ideal de eficiência do seu grupo e joga-se desenvolta e completamente na aventura de ser fiel a si mesmo e à divindade de um Deus que ele percebia magnânimo, sim, capaz de nos estender a vida como campo de entrega a ideais? Os obstáculos da vida, criados por nossa utopia, seriam irreais? Para Quixote, parecia que o que era impossível, só a Deus cabia saber; a nós restava tentar uma entrega a si mesmo, de um modo absoluto e firme na direção escolhida. A aventura heróica de seguir tentando ser quem se é seria o colo que faria germinar o que somos verdadeiramente. Não? Afinal, qual a desventura de Dom Quixote? A de seguir fiel a si mesmo, apagando outros desejos no extremo desejo de comprometer-se com a realização de sua singular humanidade?





CONCEPÇÃO CÊNICA

A montagem do espetáculo “As Aventuras de Dom Quixote” é para o Grupo Formosura o aprofundamento de um processo de investigação do que hoje chamamos “estética popular”. Partimos do cordel por considerar a importância histórica desta literatura para cultura brasileira e as possibilidades dramaturgicas e cênicas advindas desta fonte. O cordel “As Aventuras de D.Quixote”de autoria de Klevisson Viana consegue traduzir a problemática quixotesca, os símbolos nela embutidos sem perder a força humana, a intensidade e a ironia presentes na obra de Cervantes. Do ponto de vista da estrutura dramática este cordel mantém a ação original por meio de uma seqüência de situações entrelaçadas umas às outras orientadas no sentido de manterem começo, meio e fim. Ao modo dos cantadores de feira a narrativa poética conduz as peripécias do protagonista em sua multiplicidade de ação, tempo e espaço. Ao romper com a verossimilhança, também recusada pelo texto original, a narrativa de Klévisson consolida a dimensão da fantasia e imaginação, condição imprescindível para a encenação da metáfora proposta por Cervantes. D. Quixote é um personagem sem fronteiras, louco, sensível, verdadeiro, humano, uma alegoria que representa a síntese das contradições humanas. Esta montagem reitera no palco a metáfora literária criada por Cervantes. A adaptação realizada pela dramaturga Ângela Linhares enfatiza o jogo ator personagem e acrescenta ao cordel uma profunda reflexão sobre o que é o sonho e o que é o real “em alguma medida, portanto, inquirir os possíveis da ficção é perguntar pelo que pode o humano; é perguntar também pelo que cala o amor.” Se a fantasia é a matéria prima da teatralidade, no entanto, temos clareza da relação direta que ela estabelece com o real. Codificar cenicamente a dialética fantasia/realidade de modo a torná-la tangível aos olhos do espectador é o desafio que nos propomos. As referências estéticas que nos inspiram passam também pelo saber expresso nos reisados de congo, careta, pastoris e maracatu, modos de representar alimentados pela tradição popular e que trazem consigo aspectos penetrantes e sólidos das culturas que expressam uma prática e uma poética singular.


FICHA TÉCNICA


TEXTO:

MIGUEL DE CERVANTES (TEXTO ORIGINAL)

KLÉVISSON VIANA (CORDEL)

ÂNGELA LINHARES (ADAPTAÇÃO PARA TEATRO)

DIREÇÃO:

GRAÇA FREITAS

ELENCO:

MARIA MARINA MARIA VITÓRIA LEONARDO COSTA

MÚSICOS:

RAMI FREITAS

CAIO DIAS

ALYSSON ARAÚJO

FIGURINO:

LENA LAURIANO E CLEIDSSON CATARINA

BONECOS E ADEREÇOS:

MARIA VITÓRIA, GRAÇA FREITAS, PAULO CÉSAR SANTOS

CENÁRIO:

MAURICIO CATARINA CLIMAURO CATRINA STÊNIO FREITAS




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