quinta-feira, 9 de junho de 2011
"HERÓIS DO PAPELÃO"
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
O espetáculo "Heróis do Papelão", será apresentado nas comemorações do aniversário de 130 anos do Theatro São João em Sobral.
Dia 26, o Grupo Formosura de Teatro realiza duas sessões: 17 hs, o espetáculo infantil BOI ESTRELA.
E o espetáculo "Heróis de Papelão" as 20hs ,que presta uma homenagem aos heróicos catadores de lixo. Direção:Graça Freitas
Mais informações:
http://theatrosaojoaodesobral.blogspot.com/
http://sobralemrevista.blogspot.com/2010/09/theatro-sao-joao-130-anos.html
Registros da temporada em Julho no Teatro Sesc Emiliano Queiroz e no Theatro José de Alencar
Das ruas para o palco
O espetáculo "Heróis do Papelão", inspirado na exposição do artista plástico cearense Descartes Gadelha, de mesmo nome, foi contemplado com o prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz de 2009
Mais de 10 mil catadores trabalham nas ruas de Fortaleza. Sobre esse universo, o grupo Formosura de Teatro apresenta hoje, no Sesc Emiliano Queiroz, o espetáculo "Heróis do Papelão"
o esforço de homens e mulheres de Fortaleza que trabalham nas ruas carregando lixo, levando-o aos "deposeiros", até chegar às usinas, onde é vendido, é o tema do espetáculo .
Peças-chave para o reaproveitamento de tudo o que iria se acumular por muitos anos até se decompor, os catadores de lixo, no entanto, costumam ser observados de cima, pelo olhar de quem os vê muitos degraus abaixo. Esforço diário entre ruas e avenidas, carregando consigo o risco pesado de um carrinho de ferro, repleto de materiais. Rotina de comer uma vez por dia, andar cerca de 10 km e carregar quase uma tonelada pelas ruas.
A partir da observação, o grupo Formosura de Teatro começou, há cerca de dois anos, uma pesquisa a distância desse universo tão corriqueiramente próximo da vida das grandes cidades. Depois, os atores passaram a abordar os próprios catadores, nas ruas e associações.
Com os depoimentos, surgiu o "Heróis do Papelão", espetáculo de nome inspirado na exposição do artista Descartes Gadelha. "Ele foi a grande referência, porque tinha ido morar no Jangurussu, tinha se envolvido afetivamente com aquele universo. Falava do catador sem se aproveitar dele, sem fazer uma espetacularização da miséria", explica Maria Vitória, responsável pelo texto da peça, ao lado de Ângela Linhares. Além de ter escrito a letra das músicas e confeccionado os bonecos que surgem em cena, ela ainda atua.
A apresentação, que dura cerca de uma hora, descreve todo o percurso dos catadores, desde o momento em que recolhem os materiais, passando pelos "deposeiros" , como são chamados os atravessadores desse comércio, até chegar à usina onde o lixo é vendido. "Apesar de termos ouvido depoimentos, não é um documentário.É uma ficção inspirada nessas histórias de vida", ressalta Graça Freitas, diretora da peça.
Entre os personagens, as figuras representadas ganham correspondência na vida real. O caso do pai, obrigado a levar a filha para as ruas, por não ter com quem deixá-la; ou o da velha que, apesar da idade, tem de se submeter a esse tipo de trabalho que lhe exige tanto esforço. Entra em cena ainda a hierarquia por trás da profissão, com os catadores de saco, que almejam conseguir um carrinho.
Junto aos atores humanos, também aparecem os bonecos, peças importantes da trajetória do Formosura. Durante a encenação, um mesmo personagem pode ser representado em determinado momento pelo boneco e, em outro, pelo ator. "É a questão do duplo. Além disso, o corpo dos bonecos tem extensão de carrinho ou de saco", explica Maria Vitória.
Compuseram as músicas Caio Dias e Roni Santos, que também executam as canções ao vivo, ao lado de Rami Freitas. Atuam Diego Landin, Ronaldo Queiroz, Leonardo Costa, Maria Vitória e Maria Marina. Na confecção de bonecos, Graça Freitas, Maria Vitória e Ronaldo Queiroz. Nos cenários e adereços, Graça Freitas, Kazane e Stênio Freitas. A criação gráfica é de Diego Landin, a preparação vocal é de Clara Luz e a produção é de Elisa Alencar.
SÍRIA MAPURUNGA - REPÓRTER
Caderno 3 – Diário do Nordeste
sábado, 19 de junho de 2010
Novo espetáculo do Grupo Formosura de Teatro, Heróis do Papelão.
Objetivo geral: Montar um espetáculo de teatro a partir dos catadores de lixo da cidade de Fortaleza, mostrando como uma obra de arte pode ter ressonância nos problemas domundo contemporâneo.
Objetivos específicos: Elaborar um texto dramatúrgico a partir de depoimentos colhidos em entrevistas realizadas com catadores de lixo da cidade de Fortaleza. Montar e apresentar um espetáculo de Teatro com atores, bonecos máscaras e música ao vivo.
Estréia:
Dia 26 de junho às 19h no *Theatro José de Alencar - Entrada Franca
Horário da temporada:
Dias 2, 3 ,4, 6, 10 e 11 de julho às 20h no *Teatro Sesc Emiliano Queiroz
e dias 15 e 16 de julho às 19h no *Theatro José de Alencar
Ingressos: R$ 7,00 / R$ 14,00 *Ingressos antecipados na Livraria Lua Nova
Contato: (85) 8772.3276 / 8133.0616
*Livraria Lua Nova
Avenida 13 de Maio,m 2861, Benfica, Fortaleza-
*Theatro José de Alencar
Rua Liberato Barroso, 525, Centro, Fortaleza-Ce
*SESC Emiliano Queiroz
Avenida Duque de Caxias, 1701, Centro, Fortaleza-Ce
(perfil no orkut) http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=8883597840122756855
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Núcleo do Formosura:
DIREÇÃO GERAL: Graça Freitas.
DRAMATURGA: Ângela Linhares.
ELABORAÇÃO DE PROJETOS: Graça Freitas, Ângela Linhares e Antonio Rodriges.
ATORES: Maria Vitória, Maria Marina e Leonardo Costa. CONCEPÇÃO E EXECUÇÃO MUSICAL: Caio Dias e Rami Freitas. CRIAÇÃO E CONFECÇÃO DOS BONECOS: Maria Vitória e Graça Freitas.
TÉCNICO SOM E LUZ: Eliardo Costa.
PARCEIROS DO CAMINHO
Cia Vidança, Um Canto em Cada Canto, Cavaleiros da Dama Pobreza, Theatro José de Alencar, Erotilde Honório, Stênio Freitas, Carlos César, Alysson Araújo, Klévisson Viana, Cleydson Catarina, Jorge Luís Vianna, José Alves Neto
Repertório atual
Fiapo
Numa parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará, o Formosura montou o espetáculo teatral “Fiapo”. Desde sua estréia o espetáculo tem percorrido (até os dias de hoje) diversos espaços indo desde apresentações em escolas até a participação em seminários e encontros de educação e cultura. A estória da Fiapo é um grito que é o de milhões de infâncias que necessitam que, também através da Escola, se-lhes possibilite uma vida diferente da que conhecem hoje. Seria também a estória dos sonhos e limites em que se debatem os educadores que lidam no cotidiano de sala de aula com os possíveis da educação. Através desta fresta, que é o cotidiano de uma Escola Pública, se vê como se explicita no dia-a-dia escolar a correlação de forças que mostram a luta pelo acesso à educação.
Boi Estrela
Baseado numa pesquisa realizada pelo grupo, sobre o boi no Ceará. Mateus, capataz de confiança do poderoso Capitão Melancia, recebe a ordem de tomar conta do Boi Estrela na ausência do patrão. Quitéria, mulher do Capitão, faz uma aposta com o marido tentando convence –lo que Mateus é mentiroso : Quem ganhar a aposta será o único proprietário das terras!Aproveitando-se da ingenuidade de Catirina, mulher de Mateus, Quitéria a induz a comer a língua do pobre boizinho Mateus sacia o desejo da esposa, grávida do décimo terceiro filho, e assina o seu decreto de morte pois quando o Capitão Melancia souber o que aconteceu só Deus poderá aplacar sua fúria.E agora? Mateus diz a verdade ou conta uma mentirinha pra se livrar dessa enrascada?
Cenas de Rua
Cenas de Rua é uma montagem com atores e bonecos. A peça não conta uma história, é sim um show de variedades onde o narrador inspirado nos antigos andarilhos e na Comédia dell’ Arte assegura a unidade estética do espetáculo e empresta à montagem uma dinâmica própria. Espetáculo para adultos e crianças.
Pavão Mysteriozo
“O pavão misterioso
Obra feita por artista
Mostra que a arte tem parte
Com os sonhos da alegria
E ainda é o pão com farinha
Que se faz carne dos dias”.
“Pavão Misterioso” é a um só tempo projeto de montagem e oficina de aprendizagem de 20 jovens filhos das classes populares, prioritariamente filhos e filhas de presidiários.Uma montagem teatral inspirada nas fontes primordiais da cultura tradicional popular espetáculo que diverte adultos e crianças. Rico em imagens, canções, danças e repleto da alegria que estimula o gosto pela vida e prazer de buscar o sonho e fazê-lo concreto. Uma estória de amor, desejo que supera obstáculos e se impõem de forma lírica desafiando a força ultrapassada do autoritarismo. Uma peça que valoriza o poder da imaginação e da arte como elementos essenciais à existência e felicidade humana.
Solo de Clarice
A peça “Solo de Clarice” é um monólogo criado a partir da compilação de trechos da obra de Clarice Lispector. Não temos a pretensão de contar uma história, estabelecer uma cronologia, ou mesmo explicar cenicamente a imensa riqueza do universo de Clarice. O que está em cena não é a representação da personagem Clarice Lispector, é a interpretação da forma como esta mulher se utilizando da palavra consegue fazer falar vozes que parecem amordaçadas em cada um de nós. Como diz Clarice: “é a palavra pescando o que não é palavra”.
“As aventuras de Dom Quixote”
O cavaleiro da triste figura, que se nomeou Dom Quixote, tomou dos contos de cavalaria o alento para sua alma dar um sentido heróico à vida. Os romances medievais povoaram-lhe a fantasia: batalhas, tormentas, pelejas e, também, feridas, requebros, amores alçavam sua imaginação ao divino, a quem rendia graças, inebriado. As exterioridades dos fatos da cavalaria nada mais fazem que afugentar a armadura dos símbolos, desvelando de episódio em episódio o sentido da metáfora de Quixote: a intrepidez do heroísmo despido de qualquer êxito. Poderíamos avaliar a trajetória de um herói que renuncia a todo ideal de eficiência do seu grupo e joga-se desenvolta e completamente na aventura de ser fiel a si mesmo e à divindade de um Deus que ele percebia magnânimo, sim, capaz de nos estender a vida como campo de entrega a ideais? Os obstáculos da vida, criados por nossa utopia, seriam irreais? Para Quixote, parecia que o que era impossível, só a Deus cabia saber; a nós restava tentar uma entrega a si mesmo, de um modo absoluto e firme na direção escolhida. A aventura heróica de seguir tentando ser quem se é seria o colo que faria germinar o que somos verdadeiramente. Não? Afinal, qual a desventura de Dom Quixote? A de seguir fiel a si mesmo, apagando outros desejos no extremo desejo de comprometer-se com a realização de sua singular humanidade?
CONCEPÇÃO CÊNICA
A montagem do espetáculo “As Aventuras de Dom Quixote” é para o Grupo Formosura o aprofundamento de um processo de investigação do que hoje chamamos “estética popular”. Partimos do cordel por considerar a importância histórica desta literatura para cultura brasileira e as possibilidades dramaturgicas e cênicas advindas desta fonte. O cordel “As Aventuras de D.Quixote”de autoria de Klevisson Viana consegue traduzir a problemática quixotesca, os símbolos nela embutidos sem perder a força humana, a intensidade e a ironia presentes na obra de Cervantes. Do ponto de vista da estrutura dramática este cordel mantém a ação original por meio de uma seqüência de situações entrelaçadas umas às outras orientadas no sentido de manterem começo, meio e fim. Ao modo dos cantadores de feira a narrativa poética conduz as peripécias do protagonista em sua multiplicidade de ação, tempo e espaço. Ao romper com a verossimilhança, também recusada pelo texto original, a narrativa de Klévisson consolida a dimensão da fantasia e imaginação, condição imprescindível para a encenação da metáfora proposta por Cervantes. D. Quixote é um personagem sem fronteiras, louco, sensível, verdadeiro, humano, uma alegoria que representa a síntese das contradições humanas. Esta montagem reitera no palco a metáfora literária criada por Cervantes. A adaptação realizada pela dramaturga Ângela Linhares enfatiza o jogo ator personagem e acrescenta ao cordel uma profunda reflexão sobre o que é o sonho e o que é o real “em alguma medida, portanto, inquirir os possíveis da ficção é perguntar pelo que pode o humano; é perguntar também pelo que cala o amor.” Se a fantasia é a matéria prima da teatralidade, no entanto, temos clareza da relação direta que ela estabelece com o real. Codificar cenicamente a dialética fantasia/realidade de modo a torná-la tangível aos olhos do espectador é o desafio que nos propomos. As referências estéticas que nos inspiram passam também pelo saber expresso nos reisados de congo, careta, pastoris e maracatu, modos de representar alimentados pela tradição popular e que trazem consigo aspectos penetrantes e sólidos das culturas que expressam uma prática e uma poética singular.
FICHA TÉCNICA
TEXTO:
MIGUEL DE CERVANTES (TEXTO ORIGINAL)
KLÉVISSON VIANA (CORDEL)
ÂNGELA LINHARES (ADAPTAÇÃO PARA TEATRO)
DIREÇÃO:
GRAÇA FREITAS
ELENCO:
MARIA MARINA MARIA VITÓRIA LEONARDO COSTA
MÚSICOS:
RAMI FREITAS
CAIO DIAS
ALYSSON ARAÚJO
FIGURINO:
LENA LAURIANO E CLEIDSSON CATARINA
BONECOS E ADEREÇOS:
MARIA VITÓRIA, GRAÇA FREITAS, PAULO CÉSAR SANTOS
CENÁRIO:
MAURICIO CATARINA CLIMAURO CATRINA STÊNIO FREITAS